Recebi há pouco 3 emails indagando-me se o MEB tem alguma coisa a ver com o senador Cristovam. Reproduzo aqui um artigo que, suscintamente, esclarece alguns pontos. Sugiro que todos que tenham dúvidas, a tirem diretamente com o próprio Cristovam. As pessoas mudam, nós mudamos, adotamos um novo rumo mas em cima das mesmas ideias. Nosso objetivo era, tão somente assumir independência financeira e desvincular o Movimento do gabinete de senador mas não do Cristovam educador e educacionista. E assim estamos seguindo! E muito bem!
Fotos: Senador Cristovam Buarque assinado o Livro-Ata de Constituição do MEB. Depois de sua assinatura fomos comemorar. Acontece que depois que Cristovam desistiu de ser candidato à presidência desistiu de nos acompanhar e também insiste em não reeditar o seu livro falando a verdade: de quem realmente é o Educacionismo e quais foram os Movimentos Educacionistas da História. Educação é coisa séria!
O que é o Educacionismo-Mebiano
* Por Maria Rachel Coelho
Acabei de chegar de Brasília e resolvi escrever este artigo para esclarecer alguns mal-entendidos. As pessoas estão confusas e não estão entendendo qual a proposta do MEB. Inicialmente, cabe ressaltar que o termo "educacionismo" é um termo cunhado ainda no século XIX, para designar os adeptos da "transformação social" através da "educação", que substituiria a ação política. É uma das características do anarco-comunismo de Piotr Kropotkin (1842-1921).
No Brasil, o primeiro a falar de Educacionismo foi o professor Sílvio Gallo, em O Paradigma Anarquista em Educação e também em Educação Libertária. Gallo é filósofo e professor da UNICAMP.
O termo Educacionismo também está relacionado ao escritor e político mexicano Justo Sierra (1848-1912), cujas idéias e iniciativas na vida educacional do seu país foram marcantes para a época. Fiel aos ideais liberais e positivistas, lutou por uma educação primária de caráter nacional, laica e gratuita; preocupou-se com a formação e valorização dos docentes; foi um dos principais criadores da Universidade Nacional Mexicana. Acreditava na educação como fator de crescimento econômico e de aperfeiçoamento da vida social.
Como todos podem ver, o termo tem a sua história.
Provavelmente, Cristovam Buarque, leitor voraz, já os conhecia, e procurou recuperar, recontextualizar (repolitizar) a palavra. Logo após sua campanha presidencial em 2006 encontrou um grupo que inicialmente começou com Ney Bravo, de São Paulo, e o Luis Afonso, do Rio Grande do Sul, que começaram a trabalhar por esse ideal.
Eu cheguei logo depois, e trouxe comigo o Professor Tomaz, da Paraíba; o Ricardo Menezes, do Mato Grosso do Sul; o Professor Belém do Amazonas; o Junior de São Paulo; o Professor Francisco de Pernambuco e inúmeros educacionistas que acreditaram nessa causa. Mas tínhamos um grande problema pela frente: como nos organizarmos para realizarmos esse sonho, já que para nós, hoje, educacionistas-mebianos, a causa educacionista consiste também em tomar as medidas necessárias para que todas as crianças iniciem cedo sua caminhada escolar (a partir dos quatro anos de idade), aprendam limites, valores e que as recompensas vem não pelo caminho fácil, dos “jeitinho” que compra atalhos, mas pelo mérito; que encontrem salas de aulas disponíveis e com pleno potencial de aproveitamento de recursos pedagógicos e tecnológicos; que os professores se preparem bem, sejam bem remunerados, vocacionados e consequentemente não se ressintam em ser cobrados após serem valorizados; que possam contar com diretores de escola disponíveis, entusiastas e agregadores de parcerias pelo bem da escola; e que possam contar com gestores públicos que pensem em políticas públicas que envolvam as famílias no processo educativo, assim como acontece em países como a Inglaterra.
Os desafios são muitos. O maior como sempre é colocar nossa criatividade à prova para obter recursos para nossa empreitada de forma ética e transparente.
No “Movimento Educacionista – dos assessores de Cristovam” não se sabe para onde e tampouco em que é aplicado? Quando nos reunimos com o próprio Senador e propusemos institucionalizar o Movimento, tivemos uma forte resistência de alguns assessores de Cristovam, que se achavam donos do Movimento. Com muita facilidade, pois com o poder nas mãos, boicotavam nossas notícias, monopolizavam nosso jornal e blogs e lamentavelmente até baniram alguns de nossos coordenadores de uma Rede que foi construída com o trabalho de todos.
Coincidência ou não, depois que Cristovam desistiu de sua candidatura a Presidência em 2010, e não teve como levar adiante a candidatura à Unesco, embora tenha adorado a idéia e aderido ao MEB, perdeu o interesse em nos acompanhar. Foi, então, que o grupo decepcionado, magoado e se sentindo usado teve mais entusiasmo ainda.
Ele reafirma que continua com a gente. Ainda esta semana se mostrou feliz de termos organizado o MEB e de não pararmos de crescer. Segundo ele: ...”só assim o Movimento sobreviverá, quando eu morrer”...
E nós não paramos. Não somos movidos a cargos mas sim por uma imensa paixão. Estamos enlouquecidos com tantas adesões e envio de projetos de educacionistas-mebianos de todo o país. Porque aí está a grande diferença.
O projeto dos assessores do senador – Movimento Educacionista-Senado- visa apenas a reeleição de Cristovam para o senado e assim seus cargos por mais 8 anos.
Contudo, nosso propósito é maior, não se restringe a isso. Embora o custo seja bem elevado para o povo, vale a pena ter Cristovam no Senado, diria até que é necessário. Suas palavras ditas em plenários vazios, ou para construir imagem, não importa, são orgulho para todos nós. Mas queremos mudar a realidade, somos Mebianos porque queremos trabalhar essa causa. Somos Mebianos porque acreditamos em todos esses discursos, mas pensamos que até mesmo para continuar a divulgá-los temos que mostrar que isso é possível. E o Educacionismo é possível. Disso, nós não temos a menor dúvida.
* Professora Universitária e Diretora-Presidenta do Movimento Educacionista do Brasil - MEB
* Por Maria Rachel Coelho
Acabei de chegar de Brasília e resolvi escrever este artigo para esclarecer alguns mal-entendidos. As pessoas estão confusas e não estão entendendo qual a proposta do MEB. Inicialmente, cabe ressaltar que o termo "educacionismo" é um termo cunhado ainda no século XIX, para designar os adeptos da "transformação social" através da "educação", que substituiria a ação política. É uma das características do anarco-comunismo de Piotr Kropotkin (1842-1921).
No Brasil, o primeiro a falar de Educacionismo foi o professor Sílvio Gallo, em O Paradigma Anarquista em Educação e também em Educação Libertária. Gallo é filósofo e professor da UNICAMP.
O termo Educacionismo também está relacionado ao escritor e político mexicano Justo Sierra (1848-1912), cujas idéias e iniciativas na vida educacional do seu país foram marcantes para a época. Fiel aos ideais liberais e positivistas, lutou por uma educação primária de caráter nacional, laica e gratuita; preocupou-se com a formação e valorização dos docentes; foi um dos principais criadores da Universidade Nacional Mexicana. Acreditava na educação como fator de crescimento econômico e de aperfeiçoamento da vida social.
Como todos podem ver, o termo tem a sua história.
Provavelmente, Cristovam Buarque, leitor voraz, já os conhecia, e procurou recuperar, recontextualizar (repolitizar) a palavra. Logo após sua campanha presidencial em 2006 encontrou um grupo que inicialmente começou com Ney Bravo, de São Paulo, e o Luis Afonso, do Rio Grande do Sul, que começaram a trabalhar por esse ideal.
Eu cheguei logo depois, e trouxe comigo o Professor Tomaz, da Paraíba; o Ricardo Menezes, do Mato Grosso do Sul; o Professor Belém do Amazonas; o Junior de São Paulo; o Professor Francisco de Pernambuco e inúmeros educacionistas que acreditaram nessa causa. Mas tínhamos um grande problema pela frente: como nos organizarmos para realizarmos esse sonho, já que para nós, hoje, educacionistas-mebianos, a causa educacionista consiste também em tomar as medidas necessárias para que todas as crianças iniciem cedo sua caminhada escolar (a partir dos quatro anos de idade), aprendam limites, valores e que as recompensas vem não pelo caminho fácil, dos “jeitinho” que compra atalhos, mas pelo mérito; que encontrem salas de aulas disponíveis e com pleno potencial de aproveitamento de recursos pedagógicos e tecnológicos; que os professores se preparem bem, sejam bem remunerados, vocacionados e consequentemente não se ressintam em ser cobrados após serem valorizados; que possam contar com diretores de escola disponíveis, entusiastas e agregadores de parcerias pelo bem da escola; e que possam contar com gestores públicos que pensem em políticas públicas que envolvam as famílias no processo educativo, assim como acontece em países como a Inglaterra.
Os desafios são muitos. O maior como sempre é colocar nossa criatividade à prova para obter recursos para nossa empreitada de forma ética e transparente.
No “Movimento Educacionista – dos assessores de Cristovam” não se sabe para onde e tampouco em que é aplicado? Quando nos reunimos com o próprio Senador e propusemos institucionalizar o Movimento, tivemos uma forte resistência de alguns assessores de Cristovam, que se achavam donos do Movimento. Com muita facilidade, pois com o poder nas mãos, boicotavam nossas notícias, monopolizavam nosso jornal e blogs e lamentavelmente até baniram alguns de nossos coordenadores de uma Rede que foi construída com o trabalho de todos.
Coincidência ou não, depois que Cristovam desistiu de sua candidatura a Presidência em 2010, e não teve como levar adiante a candidatura à Unesco, embora tenha adorado a idéia e aderido ao MEB, perdeu o interesse em nos acompanhar. Foi, então, que o grupo decepcionado, magoado e se sentindo usado teve mais entusiasmo ainda.
Ele reafirma que continua com a gente. Ainda esta semana se mostrou feliz de termos organizado o MEB e de não pararmos de crescer. Segundo ele: ...”só assim o Movimento sobreviverá, quando eu morrer”...
E nós não paramos. Não somos movidos a cargos mas sim por uma imensa paixão. Estamos enlouquecidos com tantas adesões e envio de projetos de educacionistas-mebianos de todo o país. Porque aí está a grande diferença.
O projeto dos assessores do senador – Movimento Educacionista-Senado- visa apenas a reeleição de Cristovam para o senado e assim seus cargos por mais 8 anos.
Contudo, nosso propósito é maior, não se restringe a isso. Embora o custo seja bem elevado para o povo, vale a pena ter Cristovam no Senado, diria até que é necessário. Suas palavras ditas em plenários vazios, ou para construir imagem, não importa, são orgulho para todos nós. Mas queremos mudar a realidade, somos Mebianos porque queremos trabalhar essa causa. Somos Mebianos porque acreditamos em todos esses discursos, mas pensamos que até mesmo para continuar a divulgá-los temos que mostrar que isso é possível. E o Educacionismo é possível. Disso, nós não temos a menor dúvida.
* Professora Universitária e Diretora-Presidenta do Movimento Educacionista do Brasil - MEB
artigo publicado em 19/07/2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário